Your browser doesn't support javascript.
loading
Mostrar: 20 | 50 | 100
Resultados 1 - 3 de 3
Filtrar
1.
Saúde Soc ; 25(1): 96-107, jan.-mar. 2016.
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-776580

RESUMO

Este ensaio pretende abordar o enfoque preemptivo no campo das práticas preventivas em saúde, especialmente quanto à ideia de ataque antecipatório no enfrentamento dos riscos que nos ameaçam. Há perspectivas que apontam para uma suposta imprecisão teórica do conceito "medicalização". Mesmo sendo este ponto de vista passível de discussões, propomos a expressão "terapeuticalização" para designar práticas relacionadas ao cuidado em saúde, com especial ênfase nas tecnologias de auto monitoramento da saúde que coletam dados que permitem às pessoas um esquadrinhamento constante de funções biológicas como forma somática de produção de subjetividade. Parece haver uma abrangência que está se ampliando gradualmente para o uso de auto monitoramento, que provavelmente deve se expandir, na medida em que um crescente número de organizações e instâncias se dê conta do potencial dos dados produzidos a partir dessas práticas. O auto monitoramento pode ser visto como uma estratégia biopolítica utilitarista que coloca o "si mesmo liberal" como um cidadão responsável, com vontade e capacidade de tomar cuidado de si, de sua felicidade, de seus autointeresses.


This essay aims to address the preemptive approach in the field of preventive health practices, especially regarding the idea of anticipatory attack in dealing with risks that threaten us. There is a concern that purports that the concept of "medicalization" is af fected by lack of theoretical precision. Even being an arguable point of view, we propose the term "thera peuticalization" to describe such practices, with special emphasis on health self-tracking technolo gies, that collect data that allow people to perform a constant follow-up of biological functions as a somatic self-enterprise. There seems to be a gradual expansion of the use of self-monitoring that tends to grow, as an increasing number of organizations and authorities realize the potential of the data gathered from these practices. Self-monitoring can be seen as an utilitarian biopolitical strategy that put the liberal self as a responsible citizen, willing and able to take care of himself/herself, his/her happiness, his/her self-interests.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Atenção à Saúde , Direito à Saúde , Direitos do Paciente , Prevenção de Doenças , Terapêutica , Tomada de Decisões , Adaptação Psicológica , Estratégias de Saúde , Risco
2.
Rio de Janeiro; s.n; jun. 2015. 154 p.
Tese em Português | LILACS | ID: lil-762132

RESUMO

O processo de medicalização funciona como um dispositivo sociocultural no qual uma série de agentes da mídia, pesquisadores, profissionais de saúde e de ensino utilizam tecnologias que se apoderam dos amplos conflitos, sociais, políticos, econômicos e subjetivos para transformá-los em questões de ordem médica através de um discurso especialista. No campo da saúde mental infanto-juvenil, assistimos a um recrudescimento destes fenômenos na patologização do fracasso escolar. O diagnóstico do Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) possibilita transformar manifestações como a hiperatividade e desatenção na sala de aula em um transtorno mental com prognóstico que afeta o desempenho acadêmico, as habilidades sociais, e a capacidade de escolha da criança. O TDAH surge como estratégia de medicalização da aprendizagem para normatizar comportamentos indesejados socialmente e fomentar o ilusório projeto social, político e econômico da cultura neoliberal de construção de subjetividades cerebralmente formatadas, que se auto gerenciem e que prescindam das proteções do Estado. O presente estudo tem como objetivo analisar os procedimentos terapêuticos de profissionais de saúde mental infantil de um ambulatório do município de Guapimirim (RJ) como possível resistência a uma demanda das escolas por avaliação de saúde ocasionada por manifestações infantis de desatenção, hiperatividade e impulsividade (sintomas principais do TDAH). Foram realizadas pesquisa documental em prontuários de crianças com perfis selecionados e entrevistas semiestruturadas para os profissionais de saúde.


Observou-se que diante desta demanda escolar, não foram problematizados pelos profissionais de saúde os comportamentos, motivadores da queixa,identificados como disfuncionais pela escola. Desta forma, os procedimentos de saúde parecem ser resultado de uma interpretação de que a criança é portadora de uma questão médica cujas intervenções terapêuticas vão ser nela centralizadas sem considerar o contexto sociocultural da aprendizagem. Além disso, as prescrições parecem figurar como uma continuidade das leituras medicalizantes da escola sobre o incômodo comportamento infantil.


The medicalization process works as a sociocultural device in which a number of mediaagencies, researchers, health professionals and scholars take hold of social, political,economic and subjective conflicts and turn them in medical issues, through a health specialist interpretation and jargon in the field of children's mental health, we witness a resurgence of this phenomenum in the attempts to pathologize school failure. The diagnosis of Attention Deficit Hyperactivity Disorder (ADHD) transform events such as hyperactivity and inattention in the room class into a mental disorder whose prognosis affects academic performance and social skills. Accordingly, ADHD emerges as a strategy to regulate social lyundesirable behavior and encourage the illusory neoliberal political and economic social project of building brain-formatted subjectivity, with self-managed performance and independent of State. This study aims to examine whether the therapeutic procedures in of achild mental health clinic in the city of Guapimirim (RJ) could be operating as a resistance by school personnel against the need for health assessment for children manifesting inattention, hyperactivity and impulsivity (main symptoms of ADHD). The study was performed by the evaluation of medical records of children with selected profiles, and by semi-structured interviews applied to health professionals. We observed that the potential motivators of the behaviours identified by the schools as problematic were not explored with the teaching staffor with the families. Thus, health procedures seem to be the result of an interpretation that thechild carries a medical issue, upon which interventions should be centered. In addition, therapeutic prescriptions seem to represent a consequence of the medicalized interpretation ofthe school about child behavior.


Assuntos
Humanos , Pré-Escolar , Criança , Transtorno do Deficit de Atenção com Hiperatividade , Criança , Deficiências da Aprendizagem , Medicalização , Comportamento Infantil , Saúde Mental , Serviços de Saúde Escolar
3.
HU rev ; 27(1/3): 303-304, jan.-dez. 2001. tab, graf
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-321243

RESUMO

Os autores discorrem sobre a questäo ligada ao uso de cocaína. Tomaram por base uma amostra constituída por um grupo de dependentes de cocaína, abstêmios, e pertencentes a um grupo de narcóticos anônimos. Esta amostra foi comparada com outra de pessoas näo usuários habituais e näo dependentes, constituída de estudantes universitários. Foi aplicada uma escala para averiguaçäo de transtorno da personalidade do tipo anti-social em ambas amostras. Os resultados apontaram para a evidência de transtorno da personalidade no grupo de dependentes.


Assuntos
Humanos , Inquéritos e Questionários/classificação , Transtornos Relacionados ao Uso de Cocaína/psicologia , Transtornos da Personalidade
SELEÇÃO DE REFERÊNCIAS
DETALHE DA PESQUISA